O EVANGELHO DE MARIA MADALENA - INTRODUÇÃO
3.1 o evangelho de Maria Madalena []
Est-il possible qu'Il se soit entretenu avec une femme en secret - à notre insu - et non ouvertement si bien que nous devrions nous, former un cercle et tous l'écouter? Il l'aurait choisie, de préférence à nous?
(Ev.Mar., 17.18-22)
De entre os evangelhos gnósticos destaca-se, para já, por não oferecer quaisquer dúvidas uma vez que pertencerá ao séc. II 1[1], o Evangelho de Maria (Madalena). Conhecido através de um manuscrito copta do séc. V conservado em Berlim (Papyrus Berolinensis (BG) 8502) – transcrito em A. Pasquier e E. M. Robinson – constata-se que das suas 19 páginas originais apenas nos chegaram 6. A ele se acrescentou um fragmento grego descoberto em 1938 (Frag. P. Rylands. III 463 – 22:16,1-19,4), uma versão mais breve que a copta (apenas um fólio), e que se apresenta como índice da obra original grega (provavelmente de início do séc. III) – traduzido por A. S. Otero.
De acordo com os especialistas, o texto divide-se em duas partes combinadas artificialmente: uma primeira que narra o diálogo de Cristo com Maria, tendo por tema a noção de pecado; uma segunda em que Pedro enfrenta Maria Madalena, e os discípulos disputam entre si sobre o valor do discurso de revelação daquela, e a possibilidade de aceitarem tais ensinamentos ministrados por uma mulher. Ao tornar-se protagonista de uma experiência de revelação, Madalena adquire o direito natural de a provocar nos outros - de pregar e evangelizar.
Para além das questões de dogma, cosmogonia, ou escatológicas, nele detectáveis, e directamente ligadas às posições gnósticas 1[2], interessa em particular o estatuto da personagem de Maria Madalena no que respeita à sua relação com o Salvador. Para já, altera-se completamente o sentido do gesto da unção. Ao entrar na matéria, o filho do Homem fica contaminado e precisa de se purificar. A purificação de Jesus é efectuada por S. João, quando o baptiza pela água no Jordão, e por Maria Madalena que o unge como Cristo espiritual 1[3]. Depois, a intimidade de Madalena com Cristo adquire outro relevo que é acentuado pelo exacerbar do conflito relativamente a Pedro e os apóstolos.
Neste texto, o encontro entre Madalena e Cristo dá-se depois da Ressurreição, e nele foi omitido (ou se perdeu) o episódio da unção. Toda a sequência é interpretada por Anne Pasquier do seguinte modo:
O Salvador transmite, primeiro abertamente aos seus discípulos o seu ensinamento, que porém não lhes consegue fazer desaparecer a ignorância e a perturbação; depois, secretamente, durante uma visão interior, a Maria Madalena, que então o reconhece imediatamente sem experimentar qualquer emoção ou receio. Como nalguns outros tratados gnósticos, a autoridade de um apóstolo ou de um discípulo, aqui, Maria Madalena, é primeiro que tudo legitimada por revelações secretas ou visões, por uma experiência pessoal que
atesta a autenticidade da revelação que esse discípulo ou esse apóstolo por seu turno transmitirá.1[4]
Encontra-se, assim, a motivação interior para o gesto exterior da evangelização tal como aparece na lenda, no episódio de Marselha.
aparece na lenda, no episódio de Marselha. Como se o hagiógrafo se tivesse sentido obrigado a não esquecer este aspecto, valorizando e atribuindo a uma figura feminina uma função que, em termos de hierarquia eclesiástica, era destinada apenas a alguns dos seus membros masculinos 1[5] – não se poderá esquecer o medo ainda fresco ao carisma das profetizas, e as vagas do Montanismo 1[6] e Priscilianismo. Apesar de tudo, há um resquício do reconhecimento pela Igreja desta valorização de Maria Madalena, ao permitir que na Missa do seu dia (22 de Julho) seja rezado o «Credo» – dignidade apenas concedida aos apóstolos 1[7].
Viu-se o hagiógrafo ainda forçado a recuperar a dupla forma de transmissão do conhecimento por via esotérica (as visões suscitadas por Madalena) em oposição à via exotérica, encarnada em Pedro. 1[8] Os ecos desta sua capacidade de partilhar visões e ensinar através delas e dos sonhos, encontrados na Legenda Aurea, foram previdentemente rasurados pelos autores português e provençal - talvez na esteira do Pseudo-Rábano Mauro. São ainda, e também, prenúncio do êxtase que vai ser cristianizado no episódio lendário da vida contemplativa. (As marcas da animosidade e hostilidade de Pedro, explicitam-se a seguir).
Maria Madalena participa do ensinamento público recebido pelo grupo dos apóstolos (7,1-9;9,4), mas é ainda favorecida com uma «visão» (10,10;17,5) que a torna idêntica ao próprio Cristo – «Bem-aventurada tu, que não te emocionas/ ao ver-me, porque onde está o Nóus,/ aí está o tesouro.» (10,14-16) – o que, em termos gnósticos, significará que conheceu e foi conhecida, é Cristo 1[9]. A este reconhecimento imediato de/entre Cristo e Madalena após a Ressurreição, opõe-se igualmente a cena lendária do encontro com o ‘jardineiro’ e o «Noli me Tangere», glosado e desenvolvido à exaustão por toda a Idade Média 1[10].
Já anteriormente aceite como «discípula» – de modo implícito por pertencer ao grupo dos ouvintes, e explicitamente pela interpelação de Pedro (10,1-6) – aquela revelação (que é ainda «conversão pneumática» 1[11]) vai atestá-la como duplamente apóstola dos apóstolos: a nível também ortodoxo, pois foi a primeira testemunha da Ressurreição; a nível gnóstico, porque é através do seu discurso que o «pneuma» dos apóstolos é acordado para a reflexão, para a procura do conhecimento – «Louvemos antes/ a sua grandeza/ porque ele preparou-nos./ Fez-nos Homem.» Com estas palavras/ Maria converteu-lhes o coração/ ao Bem e eles puseram-se/ a argumentar sobre as palavras do (Salvador)» (9,18-23). E a provar o seu estado de «perfeito» está o facto de ter um evangelho com o seu nome – logo, escrito por si: o livro, de que raramente se desliga a sua iconografia pictórica, e que muitos interpretam como sendo apenas o Novo Testamento ou o mais ‘suspeito’ Evangelho de S. João.
O EVANGELHO DE MARIA MADALENA
Salvador disse: " Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão
unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua
própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua
própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."
Pedro lhe disse: " Já que nos explicaste tudo, dize-nos isso também: o que é o
pecado do mundo?"
Jesus disse: "Não há pecado ; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da
mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso Deus Pai veio
para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua
origem."
Em seguida disse: "Por isso adoeceis e morreis [...]. Aquele que compreende
minhas palavras, que as coloque-as em prática. A matéria produziu uma paixão
sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o
corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se
estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da
natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."
Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja
convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para ninguém vos afaste do
caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', Pois o Filho do Homem está dentro de
vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o
Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e
não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas." Após dizer tudo
isto partiu.
Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam:"Como vamos pregar aos
gentios o Evangelho ao Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram,
vão poupar a nós?" Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a
seus irmãos: "Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua graça estará
inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele
nos preparou e nos fez homens". Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus
corações a Deus e começaram a conversar sobre as palavras do Salvador.
Pedro disse a Maria:"Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que
qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras,
aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos."
Maria Madalena respondeu dizendo: " Esclarecerei a vós o que está oculto". E ela
começou a falar essas palavras: "Eu", disse ela, "eu tive uma visão do Senhor e
contei a Ele: 'Mestre, apareceste-me hoje numa visão'. Ele respondeu e me disse:
'Bem aventurada sejas, por não teres fraquejado ao me ver. Pois, onde está a
mente há um tesouro'. Eu lhe disse: 'Mestre, aquele que tem uma visão vê com a
alma ou como espírito?' Jesus respondeu e disse: "Não vê nem com a alma nem
com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos - assim é que tem a
visão [...]".
E o desejo disse à alma: 'Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas
mentira, já que pertences a mim?' A alma respondeu e disse:'Eu te vi. Não me
viste, nem me reconheceste. Usaste-me como acessório e não me reconheceste.'
Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria.
"De novo alcançou a terceira potência , chamada ignorância. A potência, inquiriu a
alma dizendo: 'Onde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não
julgues!' E a alma disse: ' Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu
estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se
está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.'
"Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que
assumiu sete formas. A primeira forma, trevas,; a segunda , desejo; a terceira,
ignorância,; a quarta, é a comoção da morte; a quinta, é o reino da carne; a sexta,
é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete
potências da ira. Elas perguntaram à alma: ´De onde vens, devoradoras de
homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?' A alma respondeu dizendo: ' O
que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado..., e meu
desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro
mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do
esquecimento, que são transitórios. Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final
do tempo propício, do reino eterno'."
Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe
tinha falado. Mas André respondeu e disse aos irmãos:"Dizei o que tendes para
dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha
dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas". Pedro respondeu
e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador:"Será que ele
realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco?
Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?" Então Maria
Madalena se lamentou e disse a Pedro: "Pedro, meu irmão, o que estás
pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo
sobre o Salvador?"
Levi respondeu a Pedro: "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo
competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez
merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem.
Daí a ter amado mais do que a nós. É antes, o caso de nos envergonharmos e
assumirmos o homem perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e
pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o
Salvador nos legou."
Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e
pregar.
H.B.
1[1] J. E. Robinson: «The Gospel of Mary was originally writen in Greek some time in the second century.», Op. Cit., p.524. A. Pasquier particulariza: «La première rédaction de L'Évangile devrait donc avoir été faite [...] au cours du IIe. siècle.» acrescentando em nota: «Il est cependant fort possible que L'Évangile, dans sa version définitive, ait été entièrement composé au IIe. siècle. W.C.Till (Die Gnosis in Aegypten, pp. 245 et 249) incline à le classer parmi les oeuvres assez anciennes, comme l'Apocr(iphe de)J(ea)n, et il le situe aux alentours de l'an 150. Les doctrines enseignées dans les passages qui nous semblent avoir été introduits lors d'une rédaction sécondaire, évoquent en effet des thèmes fréquemment utilisés au IIe. siècle dans le moyen-platonisme par exemple...», in L'Évangile Selon Marie, (Quebec: Les Presses de L'Université Laval, 1983), p. 4;
1[2] Diz-nos K.Ling: «The genre belongs to the gnostic dialogue. It has, however, also been classified as an apocalypse due to several characteristics it shares with other texts of that genre: revelation dialogue, vision, an abbreviated cosmogony, a description of otherwordly regions and the rise of the soul (though there is no heavenly journey as such), final instructions, and a short narrative conclusion.», apud. J. E. Robinson, Op. Cit., p.524;
1[3] Referindo-se aos Setianos de Hipólito (Ref., V 19,21) diz J. M. Torrents: «Sin embargo, no basta - dicen - con que el hombre perfecto, el Logos, penetrara en el vientre de un virgen y disipara los sufrimientos que se dan en aquella tiniebla, sino que, después de penetrar en los turbios misterios del vientre, se lavó y bebió la copa del água viva que mana de la fuente, agua que debe beber todo el que ha de desnudarse de la forma servil para cubrirse con la vestidura celestial (208):» E refere na nota 208: «Conciso resumen de la soteriologia setiana. El Salvador, Logos de luz superior, asume materia crasa en el seno de la virgen. Por eso, por haberse contaminado, necesitará también él purificación. De ahí su lavacro en él Jordán y su subsiguiente unción como Cristo espiritual con el elemento divino perfecto (el água viva), que después comunicará a todos los que han de salvarse. ORBE, I, pp.530-32;», Op. Cit., vol. II, p. 90;
1[4] A. Pasquier: «Le Sauveur transmet, d'abord ouvertement à ses disciples, son enseignement qui ne réussit cependant pas à faire disparaitre leur ignorance et leur trouble, puis secrètement, au cours d'une vision intérieure, à Marie-Madeleine qui le reconnait alors immédiatement sans éprouver aucun trouble ni aucune crainte. Comme en quelques autres traités gnostiques, l'autorité d'un apôtre ou d'un disciple, ici Marie Madeleine, est avant tout légitimée par des révélations secrètes ou des visions, par une expérience
personnelle qui certifie l'authenticité de la révélation que ce disciple ou cet apôtre transmettra à son tour.», Op.Cit., p. 6;
1[5] A. Pasquier: «Cet évangile proclame donc la superiorité d'un disciple, jugé même supérieur à Pierre, qui non seulement n'a jamais été reconnu comme apôtre dans la tradition ortodoxe, mais qui de plus est femme. Ce choix répond essentiellement, comme nous le verrons, à une conception androgynique de Dieu. Il se fonde sur des témoignages consignés chez Marc et Jean (Mc, 16,9; Jn, 20,11-19) où Marie Madeleine est le premier témoin de la réssurrection, mais s'Opose à la tradition orthodoxe qui interdirá aux femmes toute participation active à l'intérieur de l'Église, comme enseigner et prêcher.», Ibid., p. 6-7;
1[6] Problema bem resumido por Monique Alexandre em «Do Anúncio do Reino à Igreja - Papéis, Ministérios, Poderes femininos», apud. História das Mulheres - Antiguidade, Pauline Schmitt Pantel (ed.), (Porto: Afrontamento, 1993, 2ª. ed.), pp.511-555;
[Nota de fim] Op. Cit., p. 65;
[Nota de fim]En affirmant la présence continue du Sauveur ressuscité qui peut ainsi se manifester personnellement à chacun des spirituels et en professant une conception androgynique de Dieu symbolisée par l'union de Marie et du Sauveur, L'EvMar s'Opose donc à la tradition orthodoxe. C'est pourquoi Pierre y est représenté comme le principal adversaire de Marie-Madeleine. La tradition orthodoxe se rapporte en effet par l'origine à Pierre qu'elle considère, avec les Onze, comme le témoin officiel de la réssurrection (Lc,24,34) position qui confère à cet apôtre toute autorité sur la communauté chrétienne. Par conséquent, il s'Opose aussi aux successeurs de Pierre dont le témoignage leur accorde, à eux seuls, le pouvoir de juger des doctrines religieuses.», Op.Cit., p. 7;
[Nota de fim]Op.Cit., p.134;
[Nota de fim]Op.Cit., p.70;
[Nota de fim] E. Pagels apresenta esta partilha como uma forma de revelação que é conversão: «How is Christs presence experienced? The author of the Gospel of Mary, one of the few gnostic texts discovered before Nag Hammadí, interprets the resurrection appearances as visions received in dreams or in ecstatic trance. This gnostic gospel recalls traditions recorded in Mark and John, that Mary Magdalene was the first to see the risen Christ. [...] According to the Gospel of Mary, Mary Magdalene, seeing the Lord in a vision, asked him, "How does he who sees the vision see it? (Through) the soul, (or) through the spirit? He answered that the visionary perceives through the mind. The Apocalypse of Peter, discovered at Nag Hammadi, tells how Peter, deep in trance, saw Christ, who explained that "I am the intellectual spirit, filled with radiant light." [...] Yet these gnostic writers do not dismiss visions as fantasies or hallucinations. They respect - even revere - such experiences, through which spiritual intuition discloses insight into the nature of reality.»,Op. Cit., pp. 11-12;
[Nota de fim]The confrontation of Mary with Peter, a scenario also found in The Gospel of Thomas, Pistis Sophia, and The Gospel of the Egyptians, reflects some of the tensions in second-century Christianity. Peter and Andrew represent orthodox positions that deny the validity of esoteric revelation and reject the authority of women to teach. The Gospel of Mary attacks both of these positions head-on through its portrait of Mary Magdalene.» E. M. Robinson, Op. Cit., p. 524; e E. Pagels., Op.Cit., p.13;
[Nota de fim] Continuando na sua associação entre os gnósticos e a tradição grega, diz Hipólito (Ref. VI, 27): «Es de saber que los heresiarcas han intentado, de modo análogo, expresarse en símbolos que no les pertenecían, plagiados de los discursos pitagóricos.» depois de associar as Erínias às paixões (Ref., VI 26,2), apud. J. M. Torrents, Op.Cit., vol. II, p.139;
[Nota de fim] H. M. Garth refere alguns textos medievais, entre eles as «Towneley Plays». Diz S. Tomé: «Silence, and speak not woman!/ I pray thee, mockery with us/ Now do not make.» e mais adiante: «Silence thou now, for shame,/ With Jesus thou hast no secrets:/ Surely not/ I believe thou art a sinner, [...] The great that was in the country.», Op.Cit., p. 67;
[Nota de fim]Towneley Plays»: «Ther is no trust in woman saw,/ No Trust faith to belefe/ ffor with thare quaynt yse and thare glyle/ Can thay laghe and wepe som while,/ And yit nothing thus grefe!» citado por H. M. Garth, Op. Cit., p.66;
[Nota de fim]She is the Savior's beloved, possessed of knowledge and teaching superior to that of the public apostolic tradition. Her superiority is based on vision and private revelation and is demonstrated in her capacity to strengthen the wavering disciples and turn them toward the Good.», J. E. Robinson, Op.Cit., p.524; (10,1-3; 17,8-9; 18,11-15),
[Nota de fim]Dans L'EvMar, l'amour que le Sauveur éprouve pour elle (18,14-15) pourrait également symboliser la réunion du noùs et du pneuma: Marie représenterait le pneuma - cet élément sauveur présent dans le monde depuis le commencement mais endormi ou passif jusqu'à ce que vienne le Sauveur - pneuma devenu intelligent, c'est à dire réveillé par le nous.», Op.Cit., p.26; confirmando o dito por E. Pagels, Op.Cit., p.18;
[Nota de fim]21. Dijo Mariham a Jesús: «]A qué se parecen tus discipulos?» El respondió: «Se parecen a unos muchachos que se han acomodado en una parcela ajena. Cuando se presenten los dueños del terreno les dirán: Devolvednos nuestra finca. Ellos se sienten desnudos en su presencia al tener que dejarla y devolversela». Por eso os digo: «Si el dueño de la casa se entera de que va a venir el ladrón, se pondrá a vigilar antes de que llegue...», Op.Cit., p.693;
[Nota de fim]32. Tres eran las que caminabam continuamente con el Señor: su madre María, la hermana de ésta y Magdalena, a quien se designa como su compañera. María es, en efecto, su hermana, su madre y su compañera.», Ibid., p.722;
[Nota de fim]Entre todos los que acompañaban a Jesús, es María Magdalena la que, merced a su unión con el Salvador, reúne las condiciones del gnóstico perfecto, según la interpretación de Mc. 3,35. Cf. sent.55; Ev. de Tomás, 114; Ev. de María Magdalena (Frag. Pap. Ryl. III 463).», Ibid.;
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