Advogados e defensores públicos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Ceará, instalaram nesta quarta-feira (16) 400 cruzes em protesto às condições do Judiciário cearense.
De acordo com o Conselheiro Estadual da OAB e coordenador do Movimento “Justiça Já”, Edimir Martins, o ato representa o “falecimento da Justiça”. “Cada cruz mostra um problema no Judiciário, desde a falta de reformas do fórum à ausência de juízes nas comarcas”, explica.
Segundo Edimir Martins, os participantes seguem em vigília no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, até às 17h. O protesto, que contou com a presença de cerca de 500 pessoas, iniciou às 6h30.
Estiveram presentes comissões da Ordem dos Advogados do Brasil, Associação dos Promotores de Justiça, Associação dos Defensores Públicos, Fórum Permanente em Defesa da Justiça – que congrega 17 entidades – , advogados públicos e alunos do curso de Direito.
Próximo passo
Os advogados e defensores públicos esperam marcar uma audiência pública com representantes do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). “Aguardamos que eles abram as portas para discutir essas questões”, diz.
Problemas
O Conselheiro Estadual informou que a situação do Judiciário estadual é caótica. Das 184 comarcas do Ceará, 77 estão sem juiz titular. Em Fortaleza, 40 varas foram criadas e ainda não foram instaladas. Em Sobral, são duas. “Não há juízes. Foi aberto um edital para 25 vagas e nós necessitamos de 200. É um absurdo isso!”, indigna-se. Ainda segundo ele, o Ceará está com déficit de 130 defensores públicos.
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